O movimento:
O futurismo pregava uma absoluta sintonia entre a arte e o mundo
moderno, regido pela eletricidade, máquinas, motores, pelos grandes aglomerados
urbano-industriais, pela velocidade, enfim. Entre 1909 e 1914 vários manifestos
foram publicados, apresentando propostas para as várias artes.
A pintura do futurismo, assim como os seus
representantes, saúda a era moderna. Para os futuristas, os objetos não se
esgotam no contorno aparente e os seus aspectos interpenetram-se continuamente
a um só tempo. Procura-se neste estilo expressar o movimento real, registando a
velocidade descrita pelas
figuras em movimento no espaço. O artista futurista não está interessado em
pintar um automóvel, mas captar a forma plástica a velocidade descrita por ele
no espaço.
Automóvel + Velocidade + Luz - Giacomo Balla |
Observe a escultura futurista
Umberto Boccioni - Formas Únicas de Continuidade no Espaço, 1913. |
Com esta escultura Boccioni tentou,
muito para além da impressão de movimento, explorar a noção de
velocidade e de força na escultura. Parece que o corpo que ali se representa serpenteia, lutando contra
uma força invisível. Embora o resultado (físico) seja um retrato a três dimensões, o corpo em movimento introduz uma quarta dimensão, o tempo. Na sua
"luta" contra essa força invisível, o corpo vai-se deslocando,
deixando para trás pedaços de si.
Características do futurismo
·
O amor ao perigo, à verdade, à energia.
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A abominação do passado: academicismo, sentimentalismo.
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A exaltação da guerra, do militarismo, do patriotismo: “A guerra é
a única higiene do mundo”.
· A substituição da psicologia do homem (destruindo o eu na
literatura) pela obsessão da matéria.
· A incorporação de novos objetos como temas de poesia: locomotivas,
automóveis, aviões, navios a vapor, fábricas, multidões de trabalhadores.
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“Exaltação da bofetada e do soco: Não há beleza senão na luta”.
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Culto à maquina e à velocidade.
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Porta voz do fascismo: culto à guerra.