terça-feira, 9 de julho de 2013

FUTURISMO: A arte – ação

O movimento:
O futurismo pregava uma absoluta sintonia entre a arte e o mundo moderno, regido pela eletricidade, máquinas, motores, pelos grandes aglomerados urbano-industriais, pela velocidade, enfim. Entre 1909 e 1914 vários manifestos foram publicados, apresentando propostas para as várias artes.

A pintura do futurismo, assim como os seus representantes, saúda a era moderna. Para os futuristas, os objetos não se esgotam no contorno aparente e os seus aspectos interpenetram-se continuamente a um só tempo. Procura-se neste estilo expressar o movimento real, registando a velocidade descrita pelas figuras em movimento no espaço. O artista futurista não está interessado em pintar um automóvel, mas captar a forma plástica a velocidade descrita por ele no espaço.
Automóvel + Velocidade + Luz - Giacomo Balla

Observe a escultura futurista 
Umberto Boccioni - Formas Únicas de Continuidade no Espaço, 1913.

Com esta escultura Boccioni tentou, muito para além da impressão de movimento, explorar a noção de velocidade e de força na escultura. Parece que o corpo que ali se representa serpenteia, lutando contra uma força invisível. Embora o resultado (físico) seja um retrato a três dimensões, o corpo em movimento introduz uma quarta dimensão, o tempo. Na sua "luta" contra essa força invisível, o corpo vai-se deslocando, deixando para trás pedaços de si.



Características do futurismo

·         O amor ao perigo, à verdade, à energia.
·         A abominação do passado: academicismo, sentimentalismo.
·         A exaltação da guerra, do militarismo, do patriotismo: “A guerra é a única higiene do mundo”.
·    A substituição da psicologia do homem (destruindo o eu na literatura) pela obsessão da matéria.
·      A incorporação de novos objetos como temas de poesia: locomotivas, automóveis, aviões, navios a vapor, fábricas, multidões de trabalhadores.
·         “Exaltação da bofetada e do soco: Não há beleza senão na luta”.
·         Culto à maquina e à velocidade.
·         Porta voz do fascismo: culto à guerra.